Ceitil de D. Afonso V (1438-1481) (8). Cerâmica comum e faianças a azul e branco. Fragmentos de azulejos do século XVII e XVIII. Bala de canhão em ferro.
Século XV ao XVIII.
Cerâmicas de construção, cerâmicas comuns de cozinha, faianças brancas, azul e branca e azul branca e vináceo. Vidrados amarelos e verdes. Placa de xisto recortada, de uso indeterminado, pedra de anel/ peça de jogo? circular de massa vítrea branca de base plana e face oposta convexa irregular, peças de jogo circular em cerâmica, alfinetes, botões metálicos, pederneira de sílex, restos osteológicos de alimentação, fragmentos de bordo de copos de vidro de cor verde claro com bolhas e estrias, de bordo engrossado ao fogo (aparentado aos do período Romano), ceitil.
Romano ? e Século XV ao XVIII.
Entulhos com cerâmicas comuns de cozinha, faianças a branco, branco e azul, azul e vináceo. Vidrados a amarelo e a verde escuro e claro. Peças de jogo tipo disco em quartzíte. xisto e de cerâmica, vidros verde claro, pedra de afiar, fragmento de bala de canhão em ferro, azulejos do século XVII e XVIII, restos osteológicos de alimentação.
Século XV aos XVIII e XIX.
Cerâmicas de construção, cerâmicas comuns de cozinha, faianças a azul, azul e vináceo, vidrados verdes, fragmentos de azulejos do século XVII e XVIII, fragmento de tampa de sepultura em calcário com inscrição gótica, talhada em paralelo para reutilizar na calçada.
Século XV ao XVIII.
Entulhos com materiais de construção, cerâmicas comuns de cozinha e faianças a azul, azul e vináceo, fragmentos de azulejos do século XVII e XVIII, moeda ilegível, peça de jogo em xisto. Da zona 6a ocorreram algumas cerâmicas comuns e fragmentos de pavimento ou revestimento do Bronze Final/Ferro (escorrências).
Bronze final/ Ferro. Século XVIII e XX.
Cerâmica do Bronze final/Ferro (escorrência), faianças a azul e branco.
Bronze final/Ferro. Século XVII/XVIII.
Nas diversas valas efectuadas foi possível verificar, junto da porta principal da Igreja, 6 enterramentos, sendo 3 de adulto, 2 de criança e de 1 de jovem e duas outras zonas de enterramento no qual restava apenas um crânio em cada uma. Eram sepulturas abertas nos entulhos, dado que esse lado da Igreja (Este) assenta neles, sendo a zona Oeste ocupada por afloramento brando xistoso mas regularizado e sem qualquer enterramento. Eram sepulturas de inumação, com enterramento em decúbito dorsal e orientação S_N, cabeça a Sul, virados pois para o altar. Duas das sepulturas apresentavam como espólio funerário moedas, sendo uma delas bastante ilegível, contudo pelo diâmetro, espessura e reverso, parece tratar-se de reais de D. João III (1521-1557), coincidindo assim com a reconstrução da Igreja. Os corpos eram envoltos em sudário de linho e presos com alfinetes. Um deles levaria medalha de cobre. Dos entulhos que serviram de sepulturas, são provenientes cerâmicas comuns de cozinha, faianças brancas, azul claro e azul vináceo, vidrados amarelos e verdes, fragmentos de estuque pintado a ocre vermelho, fragmentos de vidros finos transparentes, fragmentos de azulejo hispano-árabe (bordo de arestas), alfinetes, fragmentos de escória de ferro, botão de madeira com argola em ferro, peças de jogo de cerâmica comum e faiança azul.
Do século XV/XVI (azulejo hispano-árabe), ao século XVII/XVIII. Sepultura do século XVI/XVII (restante entulho).
A estação situa-se junto à actual casa paroquial de S. Vivente, nas traseiras da Igreja da mesma invocação a uma cota média de 181.3 metros. Coordenadas: M 953 773, 331, 1992.
Quando em Dezembro de 1994 se realizavam obras de demolição numa casa na rua Actor Taborda, apareceram, num corte feito pelas máquinas, vestígios osteológicos humanos. A proximidade com a Igreja de S.Vicente por um lado (última remodelação do século XVI, notícias escritas de um primeiro templo, pelo menos datado do século XII), e do Convento da Esperança, por outro, tornou mais interessante a descoberta. Do local apenas existia uma referência escrita na forma de micro-topónimo: Adro Velho de S. Vicente, que encontramos nas cartas do século XIX. O desaparecimento do topónimo poderá estar relacionado com o facto de que hoje existe uma grande diferença de cota entre os quintais onde existem os vestígios e a actual Igreja (Igreja a uma cota de 174.8 metros e o Adro Velho a uma cota média de 181.3 metros). Esta diferença de cota pode estar relacionada com uma alteração da área onde estava assente a primeira capela (no topo do planalto?) [Est. LXXXV].
A zona intervencionada fazia parte de um quintal nas traseiras de uma casa da Rua Actor Taborda. Do amplo quintal, escavaram-se apenas cerca de 22 m2 [Est. LXXXVI]. A área escavada foi dividida em quadrículas de 2x2 metros tendo-se deixado um testemunho de 0,50 cm entre elas para maior facilidade de leitura estratigráfica. Este foi posteriormente escavado e integrado numa das quadrículas. O quintal não foi totalmente escavado por duas ordens de razões. Por um lado, seria errado escavar necessariamente à pressa toda a área onde o padrão dos enterramentos se repetia, tendo-se optado por uma intervenção futura com acompanhamento de antropólogo em pequenas áreas de quintais vizinhos. Por outro lado, seria cientificamente incorrecto remexer um espaço não ameaçado.
A estratigrafia da área intervencionada revelou-se extremamente complexa e interessante devido ao facto de estarmos dentro do perímetro urbano, em pleno centro histórico e, portanto, zona preferencial em termos de ocupação humana [Est. LXXXVII]. Eram cerca de dois metros de sedimentos sobre as sepulturas que se encontravam mais baixas em relação ao declive da encosta onde se encontravam os vestígios. Tal facto terá permitido que a necrópole, ao contrário de outras do mesmo período, tenha permanecido intacta. Apesar desta quantidade de sedimentos, a estratigrafia do local revelou apenas cinco níveis fundamentais, a saber:
Os enterramentos postos a descoberto no Adro Velho de S.Vicente correspondem a um longo período compreendido entre, pelo menos, o século XIII e o início do século XVIII e parecem corresponder a enterramentos pelo menos contemporâneos da primitiva Igreja de S.Vicente. As sepulturas, tal como algumas observadas no “Adro” da Igreja de Santa Maria do Castelo e nas traseiras do hospital da Misericórdia de Abrantes, são escavadas na rocha e possuíam cobertura de lajes de xisto [Foto 204 a 206]. No caso da necrópole em estudo, as sepulturas mostram sinais evidentes de violação, razão pela qual a cobertura é já quase sempre inexistente ou se encontra muito deslocada. As violações, sempre muito antigas, nem sempre são intencionais e com objectivo de saque : muitas das violações são acidentais e acontecem quando o afloramento, coberto já com alguns sedimentos (enterramentos do séculos XIV e XV) é escavado para fazer nova sepultura, violando-se assim, frequentemente, os primeiros enterramentos. Outro tipo de violação observado é a violação intencional para deposição de outro indivíduo, sem intenção de saque. É o caso da deslocação de vestígios osteológicos fora do espaço inicial, correspondendo-lhe agora o ossário comum. Aqui a prova da não intenção de saque verifica-se no facto de se encontrarem, junto com os restos ósseos, alguns numismas que faziam parte do espólio funerário. As violações intencionais são fáceis de interpretar já que os indivíduos que as cometem, escavam intempestivamente o interior da sepultura, sobretudo na zona correspondente ao tórax, onde se acreditava talvez que se colocava o “ouro” que acompanhava o defunto. Deste crime sobram, por norma, intactas, as outras partes do esqueleto: bacia, membros inferiores bem como o crânio.
Para além de serem escavadas na rocha e possuírem cobertura, parece que uma característica geral destas sepulturas é o facto de pertencerem a uma comunidade que enterra os seus mortos de acordo com os cânones religiosos, que os faz acompanhar de uma moeda na mão direita, em geral colocada sobre a esquerda ao nível do tórax, que os deposita em decúbito dorsal, directamente sobre a cova aberta no afloramento. [EST. XCV] e [Fotos 207 a 209]. Quanto à forma das sepulturas, elas apresentam desde a forma antropomórfica com afeiçoamento total ou parcial da zona dos ombros, à forma trapezoidal, ovalada ou à simples cova aberta na terra, sem grande preocupação pelo espaço funerário. Mais do que se tem até agora dito, a escavação desta necrópole permitiu sobretudo reconhecer uma evolução dos enterramentos. Assim, e tendo em conta os numismas associados aos enterramentos e a própria sucessão na construção das sepulturas, poderemos dizer que, pelo menos no que diz respeito ao Adro Velho de S. Vicente as primeiras sepulturas escavadas na rocha foram aquelas de forma antropomórfica [Fotos 208 e 209] e as últimas as que menos cuidado denotam na delimitação do espaço funerário. Prova do que dizemos será o facto de que a mais perfeita das sepulturas que possuímos, e que violou não intencionalmente outra que lhe é semelhante na forma, é a sepultura que apresenta os vestígios osteológicos datados mais antigos. Trata-se da Sepultura 1, que partilha parte do espaço de outra ainda mais antiga a que atribuímos o nº 7. A sepultura 1 encontrava-se datada do séc. XIII, já que no seu interior se encontrava Meio Dinheiro de D. Sancho II (1223 – 1248). [EST. XCVI e XCVII] e [Fotos 208 e 209]. Se atendermos à história da Igreja de S.Vicente, esta moeda corresponderá à época em que o culto de S.Vicente se expandiu em Portugal, sendo que é possível que a ter existido, como parece indicar a historiografia, um templo anterior ao século XIII, este poderia ter tido outra invocação. Tínhamos então, numa primeira fase de enterramentos, algumas sepulturas escavadas na rocha, de forma antropomórfica que ocupavam o afloramento. Deste período são as sepulturas muito regulares que ocupam as unidades AT – A13 e 14 e que respeitam ainda os espaços das suas vizinhas, prova de que o afloramento ainda se encontrava nu. Depois, durante o século XIV e XV, as sepulturas parecem ser feitas por forma a aproveitar ao máximo os espaços disponíveis, sendo deste período, possivelmente grande parte das sepulturas ovaladas, menos regulares e sem grandes preocupações com o defunto. Exemplo deste tipo de sepulturas serão: -a sepultura V, onde se recolheu um Real de Dez Soldos de D.João I (1385 – 1433); -a sepultura VI , onde se recolheu um Ceitil de D.Afonso V (1438 – 1481); -a sepultura XXXII, onde se recolheu um Dinheiro de D. Fernando I (1367 – 1386); -a sepultura XXV, onde se recolheu um Ceitil de D. Afonso V (1438 – 1481). Correspondendo à quarta e última fase de enterramentos, as sepulturas XXXVI e XXXV permitiram a recolha já referida de numismas do século XVIII. Relativamente a outro tipo de espólio associado aos enterramentos, a ter existido, este desapareceu por completo. As únicas excepções são umas raras contas de colar em osso ou vértebra perfurada de peixe apanhadas aqui e ali, sem contexto exacto [Foto 210], e as três lindas e pequeninas braceletes de criança, feitas em vidro negro e encontradas conjuntamente com um Ceitil de D. Afonso V, junto à despojada sepultura XXV, talvez originalmente construída para uma criança [Foto 211]. É notória a ausência de alfinetes para prender o sudário, hábito aparentemente mais tardio que observaremos nos enterramentos do Adro da Igreja Matriz de Rio de Moinhos ou de crucifixos, prática que parece igualmente tardia.
Pelos elementos recolhidos e as provas reais de ocupação da área encontradas, a escavação da necrópole do Adro Velho de S.Vicente permitiu recuperar um pouco mais da história de Abrantes. Veio ainda trazer mais alguns dados acerca da própria evolução da tipologia do espaço tumular abrantino, fazendo-nos supor que em relação às sepulturas escavadas na rocha, a evolução se pode ter eventualmente dado do mais complexo para o simples, correspondendo as formas antropomórficas a uma maior religiosidade e preocupação para com os ritos fúnebres do período conturbado a que pertencem os primeiros enterramentos. A forma como os enterramentos se distribuem bem como a sua orientação oposta à da porta da Igreja de S.Vicente, permitiram-nos ainda a ousadia de pôr a hipótese de termos um templo inicial, mais modesto, no topo da plataforma, onde se desenvolve a necrópole. Este seria então substituído pelo novo templo construído ainda em finais do século XVI, com uma magnificência que obrigou a um corte no terreno envolvente para este ser implantado. A assim ser, entenderíamos por que razão os enterramentos que agora observamos no Adro actual, são posteriores aos finais do século XVI e porque vamos encontrar outros mais antigos a uma cota tão elevada. Entenderíamos ainda por que razão os enterramentos mais antigos respeitam a orientação canónica e o actual templo se encontra com uma orientação praticamente oposta.
Foram observados nos cortes diversos níveis de entulhos constituídos por cerâmicas comuns de cozinha, faianças decoradas a azul, vidrados a verde, peça de jogo em cerâmica (faianças a azul). Numa das valas foi possível observar os restos de um enterramento de adulto sepultado nos entulhos em decúbito dorsal com orientação W-E, contendo uma moeda de cobre ilegível ao nível do tórax.
Século XVI-XVII.
Rua Nova, N.º 21 a 23.
Estando em perigo de derrocada um muro de suporte de terras na Rua Nova - Abrantes, entre as casas n.º 21 e 23, (muro com 9,40 metros por 4,10 metros de altura, dispondo de terra até praticamente ao cimo e fazendo parte do quintal da casa n.º 23) foi necessário derrubá-lo e retirar alguma terra, com o propósito de efectuar um novo muro de suporte em betão, tendo os serviços responsáveis alertado o Gabinete do trabalho que se iria iniciar.
Em sucessivas deslocações ao local, para acompanhamento dos trabalhos, constatámos praticamente na sua fase final a ocorrência de vestígios de estruturas pétreas correspondentes a habitação, assim como diverso espólio lítico, vítreo, cerâmico, metálico e ósseo, espinhas, escamas e conchas, cuja cronologia oscila entre os reinados de D. Afonso V (1438-1481) e D. Sebastião (1557-1578).
As estruturas observadas diziam respeito a uma casa cujas paredes eram feitas de lajes de xisto ligadas por terra (fase de ocupação mais antiga) e lajes de xisto ligadas por forte argamassa de saibro e talvez cal (outra fase de ocupação?). Esta casa dispunha de uma sala à esquerda com 3,37 metros de largura, uma escadaria de acesso central com 1,30 de largura (vestígios de pelo menos dois degraus) e à direita uma outra sala ou quintal com 2,70 de largura, se tivermos em conta que a parede lateral da casa 23 aproveitou essa estrutura lateral como parede. As estruturas observadas revelaram ainda paredes recobertas interiormente com argamassa branca (reboco) e foi possível ainda identificar alturas impressionantes: nalguns casos, 2,30 metros de altura (na sala da esquerda) e 1,70 metro (nas escadas). Durante o acompanhamento dos trabalhos, na escavação do interior, foi possível identificar uma sequência cronológica de ocupação do local desde D. Afonso V (1438-1481) até ao momento da destruição da casa no reinado de D. Sebastião. A sala da direita dispunha, assente no afloramento, de vestígios do que parecia ser um forno de fundição de metal ou de ferreiro, datável do reinado de D. Afonso V. A sala da esquerda dispunha de um piso feito de terra, cinzas compactadas e pequenas lajes de xisto e restos de uma estrutura de combustão sobre o afloramento, correspondente provavelmente ao mesmo reinado. É, no entanto, da zona de entrada que advém a maior informação cronológica e espólio cerâmico comum, faianças a azul e branco e Companhia das Índias. As escadas dispunham de uma camada homogénea de cor cinzento negra, com imensos detritos domésticos - cinzas, carvão, ossos, conchas, espinhas e o grosso do variado espólio recolhido [Foto 212]. Concluiu-se que estas escadas começaram a ser utilizadas como lixeira, a partir do reinado de D. João III (1521-1557) até ao reinado seguinte de D. Sebastião (1557.1578), tendo então a casa sido demolida no reinado de D. Sebastião, conforme os entulhos indicavam sobre 10 cm acima do 2º degrau, demolição essa posterior a 1560, dado se ter recolhido 2 moedas em cobre de V reais deste rei.
Cerâmicas comuns de cozinha, vermelha brunida, faianças a branco, azul e vináceo, vidrados amarelos e verdes, alfinete e fivela [Foto 213] cravos, dedais, faca, espeto de ferro, conta de colar/rosário de vidro e madeira, peça de jogo de cerâmica, fundos grossos de garrafas, copos e pequenas garrafas, restos osteológicos de alimentação, espinhas e escamas. Moedas do Piso Inicial de terra batida - Espadim de D. Afonso V (1438-1481) [Foto 214]. Moedas da Casa associadas ao grosso do espólio - 4 ceitis de D. João III (1521-1557), 2 ceitis de D. Sebastião (1557-1578)
Ocupação do século XV. Abandono da Casa a partir do reinado de D. Sebastião.
Como sítio de interesse arqueológico encontrava-se completamente desconhecido. Para se saber algo mais sobre esta rua, ver CAMPOS, 1989:159 e CANDEIAS SILVA, 2000: 355.
C1 - materiais do século XIX, cerâmicas, vidros e telhas; C2 - materiais de construção, cerâmicas comuns de cozinha, faianças brancas, a azul, vináceo/ manganês, vidrados amarelo e verde, ceitil de D. João III (1521-1557), restos osteológicos de alimentação e espinhas; C3 - Vidro branco, vidro incolor decorado com barras a branco e traços incisos finos cheios a manganês(?) de cor castanho, talha com presas de veado, materiais de construção, ceitil de D. Afonso V (1438-1481).
Local 13 - Entulhos com materiais de construção, com cerâmicas comuns de cozinha, faianças decoradas a azul e a azul vináceo, fragmentos de azulejos hispano-árabes e século - XVII, moeda espanhola de D. João IV (século XVIII), peças de jogo em cerâmica e em xisto, vidro, sílex, objecto de osso trabalhado, fragmento de rosto de escultura em pedra calcária de Ançã (século XV/ XVI-XVII).
Século XVI ao XX.
Local 13A – Neste local foi possível observar os restos de uma casa talvez do século XVI-XVIII. Materiais de construção, cerâmicas comuns de cozinha, faianças brancas e com decoração azul e vináceo, vidrados amarelo, verde, fragmentos de azulejos do século XVIII, moedas (3 reais de D. João III - 1521-1557 e 3 réis de D. João V - 1706-1750), fragmentos de vidro de copos, cor castanho e verde claro fino, vidro branco decorado a esmeril, cerâmica vermelha brunida com decoração, restos osteológicos de alimentação, fauna malacológica (berbigão).
Do séc. XVI ao XVIII
Proveniente dos entulhos, cerâmicas de construção, cerâmicas comuns de cozinha, faianças brancas e com decoração azul, azul e vináceo, vidrados amarelo, verde, fragmentos de vidros, fragmentos de azulejos do século XVI/XVII, ceitil de D. João I (1385-1433).
Do séc. XIV ao XVIII
Ceitil de D. Manuel I (1495-1521), proveniente dos terrenos envolventes ao actual edifício (9).
Cerâmicas comuns e faianças decoradas a azul e azul e vináceo. Fíbula em cobre.
Século XVII-XVIII.
Cerâmicas comuns de cozinha e faianças decoradas a azul. Moedas do século XVI a XVIII.
Não podemos deixar de referir que paredes-meias com a Galeria teria no ano de 1507 o rei D. Manuel I, mandado proceder a obras para adaptar o edifício a Paço Real. Nele nasceram os Infantes D. Fernando e D. Luís.
Moedas de: D. Sancho (inv. 833) (1223-1248); D. João II (inv. 834) ceitil (1481-1495, 1521-1557); D. Afonso V (inv. 835) ceitil (1438-1481).
A referência mais antiga deste edifício data de 1392, tendo em 1605 sofrido obras profundas.
Cerâmicas comuns de cozinha e faianças decoradas a azul. Moeda com difícil leitura mas aparentando ser ceitil.
Proveniente do forno, cerâmica comum.
Século XV-XVI
Cerâmicas comuns e faianças decoradas a azul e azul e vináceo, vidrados verdes e amarelos.
Século XVII-XVIII.
Século XV (Celeiro). Restante: Século XVI-XVIII (?).
Por ocasião das obras de remodelação do largo e da Rua que leva ao Largo Avelar Machado e Largo Ramiro Guedes.
Junto à porta do Supermercado Docemel.
Duas moedas medievais. Trata-se de uma moeda de D. Afonso II (1211 – 1223) ou de um Dinheiro de D. Sancho II (1223 – 1248) e uma outra também de D. Sancho II (1223 – 1248). Na continuação da Rua até ao largo Avelar Machado, do interior da vala, faianças a azul e branco e pequenos discos de xisto.
Por ocasião das obras no interior da Loja Condorcet.
Interior do estabelecimento, sala esquerda, sob o pavimento.
Estrutura quadrada com cerca de 1 metro de profundidade e 1,5 de lado, feitas em tijoleira, parecendo corresponder a tinas de lagar ou tinturaria. Do outro lado do quarteirão, já na rua Dr. Bernardino Machado, aquando da instalação de nova conduta de esgoto, viemos a registar o aparecimento de uma muito estragada mas identificável mó, com cerca de 1,47 metros de diâmetro, em granito. Este achado poderia relacionar-se eventualmente com a presença dos vestígios da Condorcet, correspondentes a pequena indústria, aparentemente atribuível aos séculos XVII/ XVIII. Queremos desde já agradecer aos proprietários desta loja a colaboração prestada.
Século XVII a XVIII.
Faianças a azul e branco e branco, peças de jogo em cerâmica comum, ossos de alimentação, cerâmicas comuns de uso doméstico, cerâmicas de construção (telhas), duas tampas de recipiente em xisto, um raspador circular em quartzíte.
Século XV (Celeiro). Restante: Século XVI-XVIII (?).
Cerâmicas comuns de uso doméstico, de onde se destaca um pequeno pote a que só falta o bordo, cerâmicas vidradas a amarelo e verde, faianças a azul e branco, telhas, ossos de alimentação.
Século XVI/ XVIII, podendo o pequeno pote recuar até ao século XV.
Embora as valas feitas fossem poucas e de pequena profundidade, registámos, mesmo no meio da praça, e prolongando-se para sul em direcção à Rua Bernardino Machado, uma curiosa estrutura correspondente a conduta de água ou esgoto, escavada no afloramento brando xistoso, por vezes forrado interiormente com lajes de xisto colocadas na vertical e com idêntica cobertura. Este tipo de estrutura havia já sido observado no interior do castelo, junto à Igreja de Santa Maria do Castelo, do lado direito, por ocasião de abertura de vala para a nova iluminação de exterior deste templo. Aparentemente inflectia junto à esquina da Igreja em direcção à actual entrada do castelo. É possível que se tratasse de uma conduta para recolha e transporte de águas pluviais dos telhados da Igreja. Viemos a registar parte de idêntica estrutura em obras realizadas junto ao pelourinho do Largo da Ferraria. Parece que esta conduta viria possivelmente pela rua da Sardinha, Praça Raimundo Soares, correndo depois mais pela direita, no meio do quarteirão onde se registou o aparecimento das estruturas em tijoleira, junto ao largo Dr. João de Deus, já que na ocasião alguns populares nos falaram dela.
possível construção de origem medieval ou pelo menos de época moderna.
Cerâmicas comuns e faianças a azul a manganês/vináceo, do século XVI – XVIII. Nesta mesma rua, na casa nº 12, quando ali se efectuavam algumas obras, observaram-se cerâmicas idênticas às anteriores misturadas com entulhos assentes sobre afloramento de xisto. Ao fundo desta rua, no contacto com a Rua Luís de Camões, nas valas ali abertas, observou-se o que parecia uma grande conduta argamassada de pedra de xisto, vinda do lado da Rua do Montepio, por baixo do prédio actual que a destruiu nessa zona, e prosseguia para o Largo do Chafariz, unindo-se aí a uma conduta que parecia vir da Rua Cidade Caldas da Rainha e que prosseguia em direcção à Avenida 25 de Abril. Quanto a esta conduta, a sua cronologia é difícil de determinar. Embora a sua construção de origem possa remontar à Idade Média, obrigatório se impõe um alargamento cronológico, pelo menos até ao século XVIII/XIX.
Cerâmicas comuns e faianças a azul a manganês/vináceo, do século XVI – XVIII. Nesta mesma rua, na casa nº 12, quando ali se efectuavam algumas obras, observaram-se cerâmicas idênticas às anteriores misturadas com entulhos assentes sobre afloramento de xisto. Ao fundo desta rua, no contacto com a Rua Luís de Camões, nas valas ali abertas, observou-se o que parecia uma grande conduta argamassada de pedra de xisto, vinda do lado da Rua do Montepio, por baixo do prédio actual que a destruiu nessa zona, e prosseguia para o Largo do Chafariz, unindo-se aí a uma conduta que parecia vir da Rua Cidade Caldas da Rainha e que prosseguia em direcção à Avenida 25 de Abril. Quanto a esta conduta, a sua cronologia é difícil de determinar. Embora a sua construção de origem possa remontar à Idade Média, obrigatório se impõe um alargamento cronológico, pelo menos até ao século XVIII/XIX.
Século XVI – XVIII:
Restos de ossadas humanas do antigo cemitério do Convento de Santo António ou da Igreja de S.Francisco. Cerâmicas comuns, faianças a azul e branco, fragmentos de azulejos do século XVII e XVIII.
Entre a Rotunda do Alto de St. António e a Rua D. Afonso Henriques (30a) sensivelmente a meio do jardim do lado direito da estrada, encontrou-se, por ocasião do abatimento do terreno, o que constituía uma conduta ou galeria (mina de água), provavelmente ainda pertencente ao antigo convento ou parte da conduta que poderia abastecer a chamada “Fonte do Ouro”.
Cerâmicas comuns e faianças a azul e branco.
Do século XVI ao XVIII.
Cerâmicas comuns e faianças a azul e branco.
Século XVI a XVIII.
Na esquina das ruas mencionadas e, anexo à parede desta habitação observa-se, a servir de protecção (comummente chamado de frade), um fragmento de fuste de coluna com 0,40 cm de diâmetro.
Faianças a azul e branco.
do Século XVI ao XVIII.
Cerâmicas comuns de cozinha, fragmentos de talhas, faianças a azul e branco e vináceo, bala de ferro, ossos de alimentação (porco e vaca), conchas de bivalves.
Do século XVI ao século XVIII.
Tratava-se de um estrato de terras muito negras, assentes sobre uma camada de entulho composto por húmus e pedras de xisto e seixos de quartzito de pequena e média dimensão e selado por um nível de cinzas de lareira, que antecedia o piso da casa na altura, antes do rebaixamento do solo.
Cerâmicas comuns e faianças a azul e branco. Azulejos do século XVIII.
Do século XVI ao século XVIII.
Na esquina desta casa encontra-se, a servir de protecção, um fragmento de fuste de coluna com altura visível de 0,90 cm. Durante os trabalhos realizados na área do pátio interior, identificou-se um portal ricamente decorado sobre xisto cinzento, datável do século XVIII e que foi reintegrado na fachada lateral da casa recuperada.